Um dos responsáveis pela Volúpia, Frederico Martinho surge na cena coimbrã movido pelo apetite de novas atmosferas. Presença habitual nas festas techno e coleccionador de horas de pista, eleva ao máximo o significado de amador quando transporta para noite os blocos de som que surgem das suas explorações estéticas. Destacando-se pelas suas selecções musculadas e introspectivas, encontra na cadência repetitiva do techno nocturno uma resposta possível ao ruído caótico dos dias.

Ernesto representa o dia zero da nova identidade musical de Tiago Soares, anteriormente conhecido por Intemporal. Um mistério à frente dos vossos olhos.

A Volúpia apresenta ainda lápis-lazúli, o projecto de Frederico Martinho e Tiago Soares (Ernesto) onde convergem num bloco de som aquilo que os tem unido nas longas horas de pista que já levam juntos na última década. Uma pedra metamórfica de cor azul profundo, que promete fazer jus às intenções dos colecionadores.

Um dos fundadores da Volúpia, David Sarmento tem como influências no seu trabalho de artista visual, a ficção científica, a fotografia e a natureza. Tecnicamente procura explorar texturas e pormenores através do uso exaustivo do ponto e do contraste do preto no branco sobre papel e madeira. As temáticas recaem inevitavelmente na relação de escala entre o homem e o mundo que o rodeia, num contexto natural, contemplativo e melancólico. Terá uma peça exposta na Casa num diálogo constante com o ambiente sonoro.