África Negra
Concertos no Jardim 2022 A primeira passagem do conjunto África Negra pela Casa das Artes em 2018 deu lugar a um mito de onde ecoam histórias de um vulcão em erupção, um ritual pagão de encosto violento e até práticas de hipnotismo com recurso à percussão incessante. O regresso no dia 2 de julho promete um intenso fundão, um baile à moda santomense. Proibidos de atuar como África Negra durante a colonização portuguesa, o Conjunto de São Tomé e Príncipe é hoje, como quando se iniciou, nos anos 70, a voz do povo da cultura de liberdade dos bailes santomenses. Das letras cantadas de boca em boca saltaram para a rádio nacional e, mais tarde, para palcos em Portugal, Angola e em Cabo Verde. Reza a lenda que depois de uma tour em 1989 parte da banda não regressou do último concerto na cidade da praia, enamorados pelo calor com que foram recebidos. Quando anos mais tarde se reencontraram, à volta da voz de Forró de João Seria, foi a oportunidade de o mundo redescobrir a sua mistura única de ritmos africanos, do puxa ao rumba, do kuassa kuassa ao soukus. Um reconhecimento que se tornou mais expressivo este ano com a edição do primeiro volume de uma antologia, em vinil, pela editora belga Les Disques Bongo Joe. Este concerto marca o regresso dos concertos no Jardim da Casa. Este verão com África Negra (02 — Julho), o quarteto de William Parker, Hamid Drake, Luis Vicente e John Dikeman (10 — Julho) e Mario Rui Silva (06 — Agosto) são os primeiros convidados para os concertos no jardim onde em breve chegarão mais motivos para dançar entre a hora da sesta e o pôr do sol. Entrada 10€ Mais informações em https://go.fbb.pt/concertosnojardim |