Memórias de uma Falsificadora
Nesta peça, Catarina Requeijo é Margarida Tengarrinha, talentosa artista plástica e falsificadora que viveu na clandestinidade entre 1954 e 1974. Esta peça evoca o seu trabalho como falsificadora, a mudança constante casa e de identidade, a morte do companheiro – José Dias Coelho – brutalmente assassinado pela PIDE, a separação das filhas, o isolamento da família e dos amigos. Numa relação de grande proximidade com o público, recorrendo a artefactos muito simples, uma actriz – habituada a fazer-se passar por outras pessoas – recria os passos mais importantes do percurso de Margarida e dá voz à perspectiva das mulheres sobre a vida na clandestinidade.
Uma vida cheia de privações, mas que, ainda assim, a autora considera uma vida feliz, plena de sentido. Numa altura em que vários terrores ameaçam a democracia, é urgente lembrar algumas coisas que já aconteceram, mas não deviam ainda acontecer – não depois da revolução. É uma oportunidade de recordar a História recente de Portugal e lembrar que nem sempre vivemos em democracia. É preciso lembrar para que a História não se repita!
Adaptação e Encenação
Joaquim Horta
Interpretação
Catarina Requeijo
Apoios aos figurinos
Marisa Carboni
Bilhetes em go.fbb.pt/festivalbatom.